S.E. Ngoenha
Depois das independências
africanas, certos países optaram pelas economias planificadas, outros por
modelos de desenvolvimento autocentrado, outros fizeram programas de promoção
para as próprias exportações, outros privilegiaram o desenvolvimento do sector
do Estado, outros aderiram aos programas de ajustamento estrutural, mas sempre
com o mesmo resultado: insucesso.
Em 1974 todos saboreamos o doce
sabor de ser livres, independentes, protagonistas e fautores da nossa história,
do nosso futuro. Ninguém ficou indiferente a esses eventos. Quantas vezes
ouvimos repetir que o futuro dependia de nós?
Não obstante a nossa situação
politico e económica, que para muitos peritos internacionais, embora com alguns
avanços, parece desesperada, continuamos a acreditar num futuro diferente,
melhor. De facto, não nos seria possível viver sem uma imagem do futuro, sem
aquela fantasia politica, que permite inventar o amanhã e viver o hoje. A
filosofia torna possível viver a vida do homem, porque lhe permite imaginar,
projectar o futuro e enfrentá-lo. O pensamento, a filosofia, tornam possível o
amanhã. Mas, ao mesmo tempo interroga-se sobre o tipo de amanhã. Não podemos
mudar o passado, mas podemos escolher o tipo do futuro que queremos. Os únicos
objectos moralmente válidos e que se preveem ser bem-sucedidos são os que
incluem todos, os pessoais e os comunitários, e é para essa reflexão que se
direciona o enfoque do presente conteúdo.
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